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Pesquisa alerta para brinquedos com níveis de elementos químicos tóxicos


Data de Publicação: 30 de dezembro de 2025






Recentemente, um estudo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Universidade Federal de Alfenas (Unifal), analisou brinquedos plásticos vendidos no país para entender melhor os materiais utilizados na fabricação. Foram avaliados 70 produtos nacionais e importados, e boa parte deles apresentou a presença de metais pesados acima dos limites recomendados. O tema ganha relevância, uma vez que o mercado de brinquedos no Brasil cresceu quase 40% em vendas entre 2020 e 2024, segundo a Fundação Abrinq.

Bário, chumbo, crômio e antimônio são alguns dos elementos químicos encontrados nas análises com níveis de concentração acima dos limites recomendados por normas de segurança do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e da União Europeia. Esses elementos costumam aparecer em pigmentos, tintas e processos industriais.

Para avaliar o quanto dessas substâncias realmente poderia se desprender durante o uso, os pesquisadores também simularam o contato dos brinquedos com saliva. Os resultados mostraram que apenas uma pequena fração do material total se solta nessas condições, o que ajuda a contextualizar os achados.

Outro ponto interessante da pesquisa foi o mapeamento da cadeia produtiva: certos padrões (como a repetição de metais em brinquedos de mesma cor ou o acabamento) podem indicar a origem dos insumos utilizados. Esta informação é útil para orientar a fiscalização e ajustes no processo de fabricação. Além dos metais encontrados, o grupo já havia analisado em pesquisas anteriores outros compostos usados na indústria plástica, como bisfenóis, parabenos e ftalatos, substâncias conhecidas por atuar como disruptores endócrinos.

No geral, a pesquisa reforça a importância de manter padrões industriais bem definidos e de seguir as certificações já existentes, especialmente a do Inmetro, que é voltada justamente para orientar consumidores e fabricantes.

Fonte: Agência Fapesp