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Pesquisa aponta presença de níveis elevados de chumbo em suplementos proteicos


Data de Publicação: 16 de dezembro de 2025






O chumbo (Pb) é um elemento químico da classe dos metais pesados de coloração cinza-azulado. Conhecido por suas propriedades maleáveis e dúcteis, essa substância é altamente tóxica e prejudicial à saúde. Quase imperceptíveis a olho nu, sem cheiro e praticamente indetectáveis ao paladar, os traços de chumbo podem estar presentes em diversos produtos da nossa rotina, desde alimentos e bebidas, até em materiais presentes em nossas casas e  maquiagens.

Recentemente, um estudo realizado nos Estados Unidos pela Consumer Reports chamou a atenção para a presença de metais pesados, especialmente o chumbo, em suplementos proteicos. A pesquisa analisou 23 marcas de pós e shakes de proteína à base de whey, carne e vegetais. Os resultados atestaram que aproximadamente dois terços dos produtos apresentaram níveis de chumbo acima do limite seguro estabelecido por legislações rigorosas, como as da Califórnia, que consideram 0,5 microgramas por porção como limite máximo. Em alguns casos, o teor de chumbo chegou a quase 1.600% do permitido pelas leis mais rígidas dos EUA.

Os suplementos plant-based (à base de proteínas vegetais, principalmente a ervilha) se destacaram como os mais críticos, apresentando concentrações de chumbo até nove vezes maiores que os suplementos de whey, considerados mais seguros. Isso ocorre porque as plantas podem absorver contaminantes naturalmente presentes no solo, na água e no ar, e o processamento necessário para extrair a proteína aumenta ainda mais a possibilidade de contaminação. Além do chumbo, a pesquisa identificou níveis de cádmio e arsênio inorgânico em alguns dos produtos analisados.

É importante frisarmos que esses dados referem-se ao mercado norte-americano e não há estudos equivalentes no Brasil que afirmem a situação do mercado nacional. Entretanto, especialistas alertam que produtos com matérias-primas e processos similares podem apresentar riscos semelhantes, enquanto marcas que seguem padrões de segurança adequados podem estar dentro dos limites aceitáveis.

Fonte: Revista Veja e National Geographic