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Nobel de Química 2018: trio vencedor desenvolveu proteínas com princípios da evolução


Data de Publicação: 4 de outubro de 2018






Frances H. Arnold, George P. Smith e Sir Gregory P. Winter são os premiados com o Nobel de Química deste ano. A Academia sueca anunciou nesta quarta-feira (3) que os cientistas irão dividir o prêmio de 9 milhões de coroas suecas, equivalente a R$ 4.098.402.

Arnold é a quinta mulher a ganhar o Nobel em Química, e ficará com metade do valor. Os outros dois cientistas dividirão R$ 2 milhões. A americana, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, conduziu a primeira evolução dirigida de enzimas — proteínas que catalisam reações químicas —, que podem ser usadas para manufaturar tudo, desde biocombustíveis até farmacêuticos.

O americano George P. Smith, da Universidade do Missouri, desenvolveu um método, chamado de exibição de fago, no qual um vírus que infecta uma bactéria pode ser utilizado para desenvolver novas proteínas.

Sir Gregory P. Winter, britânico da Universidade de Cambridge, trabalhou a partir do método da exibição de fago para produzir novos farmacêuticos. A exibição de fago produziu anticorpos que conseguem neutralizar toxinas, combater doenças autoimunes e curar câncer metastático.
 
Os membros do comitê afirmaram, durante a coletiva de entrega do prêmio, que as descobertas contribuem para uma química mais verde, que substitui catalisadores tóxicos em processos industriais, e para drogas à base de anticorpos com mais eficácia e menos efeitos colaterais.
 

Combustíveis verdes

O presidente da Sociedade Brasileira de Química, Norberto Peporine Lopes, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP Ribeirão Preto, explica que o grande marco da pesquisa de Arnold foi estabilizar proteínas, atráves de mutações, para que elas conduzam as reações químicas.

 

"As proteínas, essas enzimas, degradam muito fácil, então estabilizar é uma coisa extremamente difícil. Depois de conseguir produzir essas enzimas em larga escala, Arnold conseguiu que elas catalisassem, ou conduzissem, as reações químicas. Com isso, foi possível a criação de diversos combustíveis sem usar petróleo, ou seja, combustíveis verdes, inclusive para aviões. Isso é incrível", comenta Peporine Lopes.

Algumas enzimas (proteínas) do corpo são capazes de acelerar reações químicas, por isso a evolução dirigida, base da pesquisa de Arnold, é tão importante, de acordo com a